China investe em aumento na produção de grãos frente à demanda intensa e preços recordes no país – SINDITRIGO
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China investe em aumento na produção de grãos frente à demanda intensa e preços recordes no país



O novo ministro da Agricultura, Tang Renjian, afirma que o objetivo da China é aumentar a produtividade de suas safras, principalmente arroz, trigo, soja e milho.

2021 é mais um ano que começa com a demanda chinesa no foco dos mercados de commodities agrícolas e macroeconômico de uma forma geral. Afinal, ao gigante asiático cabe o papel de maior importador mundial de alimentos e matérias-primas de todas as naturezas e sinaliza que seu foco em garantir a segurança alimentar e recompor seus estoques continua se fortalecendo e sendo questão de primeira ordem. 

Assim, a primeira semana útil de 2021 começa com as agências internacionais dando destaque as metas do 14º Plano Plurianual da China – 2021-2025 – onde o novo ministro da Agricultura, Tang Renjian, afirma que o objetivo da China é aumentar a produtividade de suas safras, principalmenre arroz, trigo, soja e milho.

Além do rendimento, o governo chinês trabalha ainda para um aumento da área de produção, especialmente de milho. A expansão deverá se dar, em maior parte, nas regiões mais a nordeste do país e também ao longo do Rio Amarelo. Paralelamente, se busca ainda uma estabilização na produção de soja. 

A China ainda busca manter sua área de safra dupla de arroz ao sul da nação, mas também aumentar suas médias de produtividade. Enquanto isso, para o trigo se espera a recuperação de algumas áreas produtoras, em especial a norte e nordeste. 

Em um comunicado divulgado no site do ministério, Renjian afirma também que o objetivo é de mais investimentos em estruturas de irrigação, ampliando em 25% as áreas irrigadas somente este ano. Dessa forma, estima uma safra total de grãos de pelo menos 650 milhões de toneladas em 2021, contra as 670 milhões de 2020. 

“Nós precisamos garantir que os pratos chineses estejam cheios, principalmente, com grãos chineses e que os grãos chineses utilizem, principalmente, sementes chinesas”, disse o novo dirigente do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais local. 

Atualmente, diante da alta demanda e dos problemas de oferta nas safras anteriores, os preços da soja e do milho têm registrado níveis historicamente altos, renovando recordes constantemente.

“Temos ainda alguns dados obscuros em relação ao tamanho da produção e dos estoques de milho na China. De acordo com números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), do estoque global, cerca de dois terços deste milho estariam na China, e o mercado desconfia se esse milho realmente existe. E sabemos que a qualidade não é das melhores”, explica Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest Commodities. 

Araújo destaca ainda esse bom movimento da demanda chinesa também pelo país ter sido o primeiro a sair dos efeitos mais severos do Covid-19, além da recomposição de seus planteis diante de um melhor controle da Peste Suína Africana. 

Assim, depois de alguns anos reduzindo a área de milho como forma de reduzir os estoques locais do cereal e dando preferência à soja, a área de milho deverá ser ampliada como uma das prioridades das novas diretrizes para os próximos cinco anos. Em 2020, foram semeados 41,264 milhões de hectares com milho, o que resultou em uma produção de 260,67 milhões de toneladas, segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas. 

Fonte: Notícias Agrícolas

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