De acordo com as primeiras estimativas do Ministério de Agricultura e Pesca da Argentina, divulgado nesta quinta (27), a safra 2021/2022 dos principais grãos de inverno terá uma área cultivada de 8,3 milhões de hectares, com produção esperada em 25 milhões de toneladas
A safra 2021-2022 dos principais grãos finos da Argentina terá uma área de 8,3 milhões de hectares e um volume de colheita de 25 milhões de toneladas, segundo estimativa do Ministério da Agricultura.
No caso da cultura do trigo, a área implantada será de 7 milhões de hectares, enquanto a cevada ocupará 1,3 milhão de hectares. As boas perspectivas foram transferidas para as compras de exportação, que tem até agora um registro de vendas de 3,15 milhões de toneladas de trigo 2021/2022, quase o dobro em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a carteira agrícola, os agricultores vão investir para atingir esses valores de produção cerca de US$ 3,5 bilhões para o trigo e US $ 750 milhões para a cevada. Na ausência de incidentes climáticos, espera-se uma safra de trigo que ficará entre 20 milhões e 21 milhões de toneladas, no contexto de um cenário climático mais favorável em relação ao ano anterior.
Os outros dois fatores que impulsionam o cereal são o bom nível de umidade dos solos e a relação favorável entre insumo e produto.
O ponto de interrogação para esta campanha virá do lado dos direitos de exportação.
No trigo é de 12% e o governo pode aumentar o imposto para 3% sem ter que passar pelo Congresso, situação que a produção de milho também enfrenta.
Já para a soja, os agricultores terão que recorrer ao legislativo para modificar os atuais 33%.
Na Argentina, nos últimos dias, os preços domésticos do trigo não ficaram imunes às quedas internacionais, mas a Bolsa de Valores de Rosário observou que os valores cotados ainda estão 35% mais altos na comparação anual.
Com os preços atuais, e se as previsões de safra forem cumpridas, o saldo exportável do cereal ficará entre 12 milhões e 13 milhões de toneladas. Com esse volume de exportação, a receita cambial ficará acima de US$ 3,2 bilhões, 30% a mais em relação à safra anterior.
A esta boa campanha de cereais junta-se o aumento da área de cevada, outra excelente safra de grãos finos depois do trigo. A produção dessa safra na Argentina está localizada em mais de 4 milhões de toneladas, das quais 1,1 milhão é necessário às maltarias para a produção de cerveja. O restante da produção é saldo exportável, cujo principal destino é a China.
Fonte: AF News