A Bolsa de Rosário informou que um dos bairros com menor temperatura foi Carlos Pellegrini, em Santa Fé, com -5,6 ° C. “Foi o centro nevrálgico das geadas, devido às baixas registradas e porque o evento durou mais de 10 horas”, afirmam os especialistas da entidade. Também houve baixas temperaturas em San Luis, Córdoba e oeste de La Pampa
As baixas temperaturas que se registram nestas horas impactam as áreas produtivas da Argentina. Conforme relatado pela Bolsa de Valores de Rosário (BCR), a entrada de ar polar que vem ocorrendo desde o último final de semana causou uma forte queda nas marcas térmicas em toda a região central, afetando especialmente o centro-sul de Santa Fé, onde uma temperatura de -5,6 ° C foi registrado no distrito de Carlos Pellegrini. Nas primeiras horas de segunda a terça-feira, ocorreu o evento mais frio deste ano.
Os especialistas da entidade comentaram que o penúltimo dia de junho “acordou com nevascas que até formaram mantas de neve” no sul de Santa Fé, como em Villa Cañas, e também em Lincoln e General Pinto no noroeste de Buenos Aires. Temperaturas abaixo de zero também foram registradas no oeste e centro-sul de Santa Fé, o oeste de Córdoba registrou entre 3 e 5 graus abaixo de zero, com canais e uma temperatura de -4,7 ° C ou Guatimozín com -3,9 ° C.
Já a área de Santa Fé de Carlos Pellegrini sofreu a menor temperatura com -5,6 ° C. “Os termômetros ficaram abaixo de zero grau por mais de 10 horas. Foi o centro nevrálgico das geadas, devido à baixa registrada e ao número de horas que durou o evento. Foi uma das áreas mais afetadas na região pampeana; Só houve registros mais severos no oeste de La Pampa ou Córdoba, ou em San Luis onde havia valores de mais de -9 ° C abaixo de zero ” , comentam os técnicos do BCR.
De acordo com o relatório da Bolsa de Valores, as temperaturas continuarão com registros baixos. A partir de hoje a circulação do vento girará para o norte, promovendo o surgimento das marcas térmicas de forma mais amigável. Espera-se uma semana um pouco mais ensolarada do que as anteriores.
E diante da parte final do plantio do trigo, a Bolsa de Rosário afirmou que “há um ano essas rajadas de ar eram muito negativas para a safra. Os lotes de trigo se multiplicaram com a perda de folhas e plantas e, em seguida, danos que reduziram as condições da colheita. Mas a escalada do frio ocorreu em um cenário de notável falta de água, o que não está acontecendo em 2021. Por enquanto, os agrônomos respondem que as baixas temperaturas ‘podem afetar a velocidade de surgimento e crescimento. No momento não são efeitos importantes que ponham em risco a lavoura. Veremos nos próximos dias como estão os lotes ´ ”.
Trigo
Sobre o fim do segundo mais importante plantio de trigo em todo o país, especialistas afirmam que as reservas de água com que 70% da região tritícola inicia na safra 2021/22 são mais que suficientes para garantir uma boa implantação. A previsão feita pelo BCR indicava que com este cenário será possível passar pelas primeiras etapas do trigo em ótimas condições, embora não tenham dado dados precisos de quantas toneladas a mais poderiam ser obtidas.
Apesar de faltar 5% para completar uma semeadura estimada em 1,7 milhão de hectares na segunda etapa, o trigo está caminhando para a última linha de semeadura sem problemas. A preocupação era que no ano passado, nesta época do mês, cerca de 160 mil hectares foram rebaixados da estimativa por falta de água, dos 1,8 milhão de hectares que estavam previstos para serem implantados, mas até então 60% da região estava com poucas e razoáveis reservas e a seca estava à espreita, avançando para o oeste.
A partir desta fase, afirmam, restam apenas poucas parcelas por semear, que são do centro-sul e sul de Santa Fé. ”Em Carlos Pellegrini, 5% das praças que faltam serão plantadas com variedades de ciclo mais curto e muito boas emergências. nos lotes semeados. O norte de Buenos Aires tem um avanço de 85% e no sudeste de Córdoba são poucos os lotes a serem implantados. Lá eles apontam que têm de 75 a 95% da capacidade de campo, então as emergências são muito boas e, a princípio, as perspectivas de rentabilidade são altas ”, garantiu a Bolsa de Rosário.
No caso do milho tardio, o BCR indica que a colheita está progredindo, com a produtividade na província de Córdoba chegando a 120 quintais por hectare nos primeiros lotes cultivados ao redor de Las Varillas. “Estima-se que o piso será de 100 quintais por hectare e os máximos chegarão a 145 quintais por hectare. A colheita é muito dificultada pelo ambiente de alta umidade que dificulta a redução do teor de água no grão e é feita de forma muito lenta. Em Marcos Juárez há um avanço de 20% com médias entre 85 a 90 quintais por hectare. Em Pergamino, os lotes tardios estão sendo colhidos com rendimentos de 10 a 20% mais do que os primeiros ”, alertaram da Bolsa de Rosário.
Fonte: Infobae
