As cotações do trigo em Chicago pouco reagiram nesta semana, diferentemente do ritmo visto na soja e no milho
As cotações do trigo em Chicago pouco reagiram nesta semana, diferentemente do ritmo visto na soja e no milho. O fechamento desta quinta-feira (01/07) ficou em US$ 6,58/bushel, para o primeiro mês cotado, contra US$ 6,51 uma semana antes. Os relatórios do USDA, divulgados no dia 30/06, apontaram uma alta de 5% na área total de trigo estadunidense, em relação ao ano passado, ficando dentro do esperado pelo mercado. Com isso, a área chega a 18,9 milhões de hectares neste ano. Já os estoques trimestrais, na posição 1º de junho, apontaram para um total de 23 milhões de toneladas, com recuo igualmente de 18% sobre o ano anterior.
Dito isso, a colheita do trigo de inverno nos EUA, até o dia 27/06, atingia a 33% da área semeada, contra a média histórica de 40%. Já as condições das lavouras a colher apresentavam 48% entre boas a excelentes, 31% regulares e 21% entre ruins a muito ruins. Quanto as condições do trigo de primavera naquele país, na mesma data, tinhase 20% entre boas a excelentes, 41% regulares e 39% entre ruins a muito ruins.
Por outro lado, as exportações estadunidenses de trigo atingiram a 285.654 toneladas na semana encerrada em 24/06, ficando bem abaixo do esperado pelo mercado. No total do ano comercial 2021/22, iniciado em 1º de junho, os EUA exportaram 1,53 milhão de toneladas até o momento, o que significa 23% a menos do que no mesmo período do ano anterior. Já no Brasil, os preços médios continuaram em recuo, puxados pela valorização do Real, que favorece as importações, e pelo fraco ritmo de negócios. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 75,92/saco, perdendo R$ 1,54/saco em relação a semana anterior. Lembrando que a média no ano passado, nesta mesma época, foi de R$ 53,76/saco. E no Paraná, na corrente semana, os preços oscilaram entre R$ 77,00 e R$ 78,00/saco.
O mercado comprador também fica mais confortado com o aumento da área semeada e a possibilidade de uma safra nacional mais importante do que a do ano passado. Até as geadas desta semana, a tendência era de safras cheias na Argentina e no Brasil. Agora, já se verifica quebras importantes em lavouras paranaenses devido as geadas da semana, embora ainda não se possa quantificá-las. Enfim, seguindo o Paraná e o Rio Grande do Sul, o Estado de Santa Catarina igualmente aumenta sua área semeada com trigo. Com isso, a colheita deste cereal, em clima normal, poderá aumentar em até 55% por lá. Espera-se um volume total de 267.100 toneladas, sobre uma área de 80.600 hectares. A área semeada com trigo aumentou em 38% em relação ao ano passado.
Fonte: Agrolink