Até a primeira de junho 98% das áreas destinadas ao trigo já haviam sido plantadas no Paraná, representando 1,159 milhão de hectares. Com o clima favorável a cultura, 95% das lavouras estão em bom desenvolvimento
O mercado brasileiro do trigo tem sinalizado lentidão nos negócios nas últimas semanas e de acordo com o levantamento semanal do Deral, os preços relativos à cadeia de trigo pesquisados no atacado refletem momento difícil para transformar o produto em farinhas. Em junho, o preço médio da tonelada de trigo disponível no mercado paranaense ficou em R$ 1.525 reais, 6% abaixo do registrado em maio, e 27% acima do praticado em junho de 2020. Já as farinhas registraram estabilidade de preços em relação ao último mês, mas subiram 15% nos últimos 12 meses, em média.
A discrepância entre reajustes dos preços de aquisição de trigo (27%) e os preços de vendas de farinhas (15%) tem impactado a indústria. Neste segundo trimestre de 2021, a diferença entre o valor de venda da farinha e o trigo necessário para produzi-la ficou em 24%, percentual mais baixo para um trimestre desde o início da série histórica, em 1991. A média histórica deste valor agregado é de 65%, ganho responsável por manter os custos de manutenção dos moinhos. Assim, para manter o moinho rentável, a redução de outros custos é essencial, entre eles a mão-de-obra, que, por outro lado, também é parte da massa consumidora, que não consegue absorver os aumentos com alimentação.
Com relação ao andamento da safra, conforme o boletim de acompanhamento do Deral, até o dia 05 de julho o plantio do trigo no Paraná havia alcançado 98% das áreas que estão estimadas em 1,183 milhão de hectares na temporada atual. Do que se encontra plantado 95% estava em boas condições e 5% em situação regular, o clima favorável ao cultivo tem auxiliado nas boas qualificações das áreas.
No desenvolvimento, o Departamento informou que 2% das plantas estão em floração, 95% em desenvolvimento vegetativo e 3% seguem em germinação.
Em Apucarana, a cultura do trigo segue com predomínio das áreas em desenvolvimento vegetativo, com parte iniciando a fase de floração. Os tratos culturais estão sendo realizados normalmente, principalmente o controle fitossanitário.
Na região de Ponta Grossa, o tempo manteve as temperaturas baixas e com poucas precipitações ao longo da última semana, favorecendo os tratos culturais nas culturas de inverno como o trigo e cevada que já estão 100% semeados e se encontram em fase de perfilhos, onde foram aplicados herbicidas e fungicidas para controle de plantas indesejadas e doenças fúngicas nas lavouras.
Em Toledo e região, o trigo não chegou a ser afetado pela geada do final de junho, pois a maior parte está em desenvolvimento vegetativo. A colheita deve iniciar a partir da segunda quinzena de julho.
Fonte: AF News
