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Trigo Brasil: mercado de lotes começa a semana com pedidas mais altas pelos produtores



A cotação do trigo continua firme no Brasil e apesar dos preços demonstrarem estabilidade nos indicadores dos órgãos competentes nesta segunda-feira (23), de acordo com alguns agentes entrevistados pela AF News, o mercado de lotes apresentou aumentos nas pedidas por parte dos produtores. Com a falta de chuvas e perdas pelas geadas ainda sendo averiguadas no trigo paranaense, além da oferta restrita pelos vendedores, os índices atuam elevados

cotação do trigo opera acima dos R$ 90/saca FOB paga ao produtor na média estadual do Paraná, conforme índice observado pelo Departamento de Economia Rural do Estado. Embora na variação diária o preço apresente estabilidade, no comparativo semanal a saca do trigo subiu 1% e na variação mensal, os ganhos já são de 7%.

Em Santa Catarina, o preço do trigo também não teve modificações até então, operando a R$ 85,57/saca com alta de 0,4% ante a segunda-feira anterior. No mês, a alta é de 4,1%.

No Rio Grande do Sul, os índices da Emater-RS ficaram em R$ 81,87/saca, com pouca variação em relação a semana anterior e valorização de 1,4% ante o mesmo período do mês anterior.

Já no mercado de lotes, os produtores ter apresentando pedidas maiores em relação aos últimos dias, dado o cenário de intensificação das temperaturas de calor e baixa umidade de solo, devido a falta de chuvas em determinadas regiões do Sul do Brasil.

Além disso, no Paraná, as últimas geadas do mês de julho causaram grande impacto nas lavouras de trigo que já estavam em fase reprodutiva e aos poucos, conforme as plantas vão sendo avaliadas, é que os danos vão aparecendo. Sendo assim, a medida que a produtividade das plantações vão sendo reduzidas, os preços vão se tornando mais elevados.

Com isso, os produtores têm se mantido cautelosos no mercado e realizando pedidas mais altas para o trigo disponível da safra passada. No PR, a média de preços está acima dos R$ 1650/ton, enquanto que no RS as ofertas vêm surgindo acima dos R$ 1540/ton.

Embora a previsão da safra 2021 seja recorde no Brasil segundo a Conab, há de se lembrar que ainda assim o Brasil precisa importar um expressivo volume de trigo, em especial da Argentina e os preços do trigo importado está bem elevado. Com a alta do dólar, que voltou a subir e operava acima dos R$ 5,40 na semana passada, a paridade de importação está elevada e com a quebra da safra de importantes países produtores de trigo ao redor do mundo, como Rússia, Canadá, França e até mesmo os EUA, há grandes chances do cereal se manter nesses patamares.

O que se nota é que o período está positivo para as negociações do lado vendedor, mas, em compensação, o cenário continua complexo para o lado comprador, já que os moinhos ainda estão passando por uma época de baixa demanda de farinha, alto custo de produção e pouca possibilidade de repasse dos custos. Além do mais, com a pouca moagem de farinha, as reposições só tem ocorrido de maneira pontual e mesmo aqueles compradores que precisam de maior volume de reposição de matéria-prima, estão tentando segurar o quanto podem a entrada da safra, esperando que com a oferta mais aquecida no período de colheita, os preços do trigo comecem a recuar, dando a chance de realizem as suas aquisições a custos mais baixos.

Fonte: AF News

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