Os preços do trigo subiam significativamente nesta manhã de quarta-feira na Bolsa de Chicago por volta das 09h30, assim como encerraram com expressivos ganhos na tarde de ontem (13), com valorização de até 2,5%. Um dos principais fatores que alavancaram os preços, foi a queda nas estimativas da produção de trigo do Canadá e um dólar mais fraco também contribuiu para o cenário de alta
A comercialização de trigo foi fortemente maior no dia de ontem (13), com a Bolsa de Chicago registrando uma grande rodada de compras técnicas pelos traders e variação diária de alta de 1,22% a 2,26% nos vencimentos de set/21 a jul/22 do trigo hard e de 1,56% a 2,04% de aumentos nos mesmos prazos de entregas do trigo soft.
O gatilho inicial para a alta nos preços veio das estimativas de produção da Stats Canada, fixando toda a produção de trigo do país em 21,7 milhões de toneladas, com o trigo de primavera em 15,3 milhões de toneladas, abaixo das estimativas anteriores e nitidamente menor do que no ano passado. Um dólar mais fraco contribuiu para o ímpeto de alta, com os fundos começando a se concentrar em um cenário de oferta e demanda mais restrito.
A produção do hemisfério sul provavelmente aliviará alguns dos problemas de abastecimento de curto prazo com a grande safra australiana e potencial para exportações argentinas muito ativas. Os preços altos praticados no trigo podem aliviar o alto custo de produção dos produtores, incentivando um aumento nos hectares plantados neste outono, com fertilizantes caros dando outro incentivo para a ampliação das plantações de trigo para o próximo ano de comercialização.
Vale importante ressaltar que a narrativa do trigo pode mudar muito rapidamente, pois a circulação de novas notícias que balizem o mercado deverão se concentrar na oferta versus demanda. A base e os spreads terão que trabalhar muito para extrair o volume de trigo que se encontra armazenado, especialmente com a logística de outono já precária.
Independentemente disso, os mercados de trigo dos EUA parecem ter encontrado algum suporte técnico depois de uma quebra de US$ 1 em relação às altas de meados de agosto, portanto, a maioria no comércio está esperando uma nova estabilização dos preços, mas em elevados patamares ao olhar para as reduções de oferta em todo o mundo.
Fonte: AF News
