Durante todo o mês de março os agentes entrevistados pela AF News relataram que a demanda por farelo de trigo havia recuado e por esta razão os preços estiveram mais baixos
Por outro lado, na reta final do mês, o que se notou foi um mercado mais cauteloso nas vendas e com certo otimismo, acreditando que nas próximas semanas a demanda deve aumentar, juntamente com os preços.
A queda no preço do farelo de trigo observada durante o mês que se encerrou, veio associada por uma redução na demanda pelo derivado, bem como na migração dos compradores para a aquisição de outros subprodutos provenientes da soja e milho.
Nesta última semana de março os preços estiveram mais estáveis, porque com a baixa moagem da farinha de trigo, a produção de farelo esteve mais equilibrada, se ajustando a demanda restrita.
No entanto, para grande maioria dos moinhos, o último mês foi um período complicado, porque a média do farelo de trigo que atuava com média de R$ 1300/1400 nos estados da região Sul e São Paulo, voltaram a operar na média de R$ 1100/1200 ton em grande parte as regiões, o que interferiu e muito nos resultados das empresas.
Alguns moinhos por sua vez, para evitar grandes estoques de farelo, o que poderia impactar em uma redução ainda maior na moagem de farinha, realizaram ações com os clientes, de modo a vender maior volume de farelo e um período de pouca demanda.
Os compradores, por outro lado, também adotaram algumas estratégias, sendo uma delas, a de paralisarem as suas atividades neste período de pouca demanda, para evitarem produtos.
Para abril, o mercado dos derivados de trigo espera uma melhor reação do mercado, já que com a queda na oferta dos resíduos de soja e milho, os compradores podem voltar a demanda um maior volume de farelo, o que auxiliaria no aumento dos preços.
Com a chegada dos meses de inverno, que historicamente são mais secos, há também uma diminuição nas áreas de pastagens e, portanto, isso deve impactar em uma melhora do cenário para os vendedores de farelo.
FARELO DE TRIGO POR REGIÃO (preços a retirar-FOB)
No OESTE DO PARANÁ preços de negócios entre R$ 1100/ton a 1230/ton FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 1.250/ton FOB.
No NORTE DO PARANÁ os preços praticados no granel foram entre R$ 1000 a R$ 1100/ton FOB, e no ensacado preço médio de R$ 1.200/ton FOB.
Na região de CURITIBA-PR, a cotação ficou em R$ 950/ton a R$ 1100/ton FOB diferido no granel. No ensacado preço médio ficou em R$ 1150/ton FOB.
Nos moinhos da grande SÃO-PAULO-SP os preços praticados no granel ficaram em torno de R$ 1000/ton FOB a R$ 1100/ton FOB diferido, e o ensacado ficou em R$ 1.150/ton FOB.
Nos moinhos do RIO GRANDE DO SUL, os preços em Porto Alegre a granel foram negociados entre R$ 1050 a R$ 1250/ton FOB. No ensacado, volumes de negócio a R$ 1.220/ton FOB. Em Caxias do Sul volumes a granel negociados entre R$ 1100/ton a R$1200/ton FOB. No ensacado, os preços praticados foram em média de R$ 1.200/ton FOB.
Em SANTA CATARINA, na região de Mafra volumes de negócios no granel entre R$ 1100/ton a R$ 1250/ton FOB e no ensacado a R$ 1.240/ton FOB. No Oeste catarinense, negócios no granel entre R$ 1100/ton e R$ 1230/ton FOB e no ensacado a R$ 1.250/ton FOB.
Fonte: AF News