As baixas temperaturas trouxeram mais quebra na produção da segunda safra do milho e com isso os preços do grão voltaram a subir, atrelado a isso, os moinhos de trigo estão buscando aumentar a cotação do farelo de trigo, que passou por um período de baixa na segunda-quinzena de junho, mesmo com a demanda estando mais forte e a oferta enfraquecida
Nos últimos dias de junho o preço do trigo em grãos deu uma recuada, o que dificultou os repasses no mercado do farelo, que tem apresentado uma boa demanda, mas estava com seus ganhos limitados, já que o milho também se desvalorizou.
No entanto, com as baixas temperaturas e geadas que ocorreram nessa semana, uma nova quebra na safra de milho foi observada em diversas regiões, alavancando as cotações do grão novamente. Com isso, os moinhos já verem argumentos de viés altista para poder aumentar as tabelas do farelo de trigo.
Como a demanda está bastante aquecida por conta do inverno, o cenário está favorável a estes ajustes para os próximos dias, uma vez que a oferta também está bastante limitada. Mas vale ressaltar, que neste momento, os compradores estão com um leque maior de componentes da alimentação animal, já que o patamar de preços que se encontra o farelo, já engloba outros produtos que podem ter uma conversão alimentar melhor que o derivado do trigo.
É necessário, portanto, que os moinhos usem do bom senso, tentando chegar a uma margem de pedida em que os compradores absorvam estes preços, de forma que a demanda não diminua. Essa cautela é necessária, pois o mercado da farinha de trigo já opera com baixa na demanda e preços e, isso requer certo equilíbrio na comercialização de farelo para que as margens sejam boas assim como o volume de vendas.
Embora as geadas tenham afetado todos os estados da Sul do Brasil, não foram todas as regiões que demonstraram valorização nos preços do farelo de trigo. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina as cotações se mantiveram nessa semana, com previsão de aumentos a partir da semana que vem. Enquanto isso, no Paraná, houve acréscimos nas tabelas do Oeste e Norte do estado, enquanto que na região de Curitiba e Ponta Grossa, os índices não sofreram mudanças.
FARELO DE TRIGO POR REGIÃO (preços a retirar-FOB)
No OESTE DO PARANÁ preços de negócios entre R$ 1320/ton a 1400/ton FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 1.420/ton FOB.
No NORTE DO PARANÁ os preços praticados no granel foram entre R$ 1350/ton a 1450/ton FOB, e no ensacado preço médio de R$ 1.450/ton FOB.
Na região de CURITIBA-PR, a cotação ficou em R$ 1100/ton a R$ 1280/ton FOB diferido no granel. No ensacado preço médio ficou em R$ 1350/ton FOB.
Nos moinhos da grande SÃO-PAULO-SP os preços praticados no granel ficaram em torno de R$ 1250/ton FOB a R$ 1350/ton FOB diferido, e o ensacado ficou em R$ 1.350/ton FOB.
Nos moinhos do RIO GRANDE DO SUL, os preços em Porto Alegre a granel foram negociados entre R$ 1290 a R$ 1350/ton FOB. No ensacado, volumes de negócio a R$ 1.400/ton FOB. Em Caxias do Sul volumes a granel negociados entre R$ 1300/ton a R$ 1350/ton FOB. No ensacado, os preços praticados foram em média de R$ 1.380/ton FOB.
Em SANTA CATARINA, na região de Mafra volumes de negócios no granel entre R$ 1200/ton a R$ 1300/ton FOB e no ensacado a R$ 1.330/ton FOB. No Oeste catarinense, negócios no granel entre R$ 1200/ton e R$ 1300/ton FOB e no ensacado a R$ 1.320/ton FOB.
Fonte: AF News