As manifestações do feriado de 7 de setembro estão se estendendo por parte dos caminhoneiros e alguns bloqueios nas pistas começam a se tornar problemas para o carregamento de farelo de trigo nos moinhos, assim como, a sua reposição para os compradores que estão temendo a falta de alimento para os animais. Isso gera um grave transtorno a indústria de trigo, já que a falta de escoamento do derivado pode fazer o moinho parar. Outros agentes também relataram dificuldade na reposição de trigo e na falta da matéria-prima, também pode parar de rodar
A semana do feriado da Independência do Brasil está chegando ao final, mas parece não ter fim para os moinhos de trigo que estão bastante preocupados com as manifestações dos caminhoneiros. A paralisação que segue em diversas regiões do país está causando bloqueio nas estradas e diminuiu expressivamente a frota disponível para o transporte de produtos, incluindo o farelo de trigo.
De acordo com o levantamento da AF News, já falta frete em alguns locais como no Norte do Paraná e Oeste de Santa Catarina. A Região de Ponta Grossa-PR também está sofrendo com os bloqueios e falta de motoristas e, embora algumas regiões não estejam bloqueadas, o medo que alguns caminhoneiros têm de serem bloqueados, faz com que não retirem farelo.
Ainda existem alguns caminhões que já estão carregados, mas não conseguem chegar ao destino para repor o derivado de trigo ao cliente e isso está causando um sério problema, pois os compradores estão ficando sem produtos para alimentar os animais.
Alguns moinhos também já sinalizaram estar com grande estoque de farelo para escoar, pois seguiram a moagem normalmente no final de semana e feriado, mas agora já não possuem mais espaço para alocar o subproduto. Outros já estão preocupados por conta da falta de trigo para repor os estoques. Logo, tanto de um lado como de outro, esse tipo de problema faz os moinhos pararem de rodar.
Já com relação aos preços, tanto compradores como vendedores estiveram mais retraídos por conta do problema previsto na falta de fretes. Alguns até se antecederam na compra de farelo de trigo na semana passada, o que portando, está mantendo os preços estáveis.
Agora, é torcer para que logo a situação da logística no país se normalize, para que o processo não se torne ainda mais caótico e os moinhos não sofram ainda mais prejuízos.
FARELO DE TRIGO POR REGIÃO (preços a retirar-FOB)
No OESTE DO PARANÁ preços de negócios entre R$ 1500/ton a 1600/ton FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 1.610/ton FOB.
No NORTE DO PARANÁ os preços praticados no granel foram entre R$ 1500/ton a 1600/ton FOB, e no ensacado preço médio de R$ 1.600/ton FOB.
Na região de CURITIBA-PR, a cotação ficou em R$ 1380/ton a R$ 1480/ton FOB diferido no granel. No ensacado preço médio ficou em R$ 1520/ton FOB.
Nos moinhos da grande SÃO-PAULO-SP os preços praticados no granel ficaram em torno de R$ 1380/ton FOB a R$ 1490/ton FOB diferido, e o ensacado ficou em R$ 1.550/ton FOB.
Nos moinhos do RIO GRANDE DO SUL, os preços em Porto Alegre a granel foram negociados entre R$ 1450 a R$ 1550/ton FOB. No ensacado, volumes de negócio a R$ 1550/ton FOB. Em Caxias do Sul volumes a granel negociados entre R$ 1450/ton a R$ 1550/ton FOB. No ensacado, os preços praticados foram em média de R$ 1.580/ton FOB.
Em SANTA CATARINA, na região de Mafra volumes de negócios no granel entre R$ 1450/ton a R$ 1550/ton FOB e no ensacado a R$ 1.550/ton FOB. No Oeste catarinense, negócios no granel entre R$ 1450/ton e R$ 1570/ton FOB e no ensacado a R$ 1.570/ton FOB.
Fonte: AF News