No Paraná, haveria perdas ao redor de 385 mil toneladas
As boas chuvas recuperaram algumas áreas de trigo que tinham falta de água no estado e agora a nova estimativa corrente no mercado é de que a produção poderá atingir algo ao redor de 3,5 milhões de toneladas. A partir disso, a TF Agroeconômica divulgou um novo relatório sobre a disposição do mercado para a safra 2021/22.
“Levantamentos concluídos pela TF Consultoria Agroeconômica sugerem que o estado teria um estoque inicial ao redor de 150 mil toneladas (108 em poder dos moinhos e 42 mil tons ainda não negociadas) e uma produção de 3,5 milhões de toneladas, totalizando uma oferta de 3,65 milhões de toneladas. Se tiver uma moagem de 1,3 milhão de toneladas (é apenas um volume inicial, poderá ser maior com o andar da carruagem), terá 2,35 milhões de toneladas à disposição de outras demandas: destas 100 mil toneladas já foram adquiridas pelas indústrias de ração, restando 2,25 MT”, comenta.
Mas, certamente haverá procura por mais ou menos 200 mil tons pelos moinhos de Santa Catarina e outras 250 mil pelos moinhos do sul do Paraná, restando 1,8 milhão de toneladas. “Destas, 500 mil tons já foram comprometidas com a exportação e, se o dólar continuar alto, poderão dobrar, atingindo 1,0 milhão de tons até o final de novembro, restando 800 mil tons para negociações diversas, entre rações, outros estados, aumento da moagem no estado, etc”, completa.
No Paraná, haveria perdas ao redor de 385 mil toneladas em relação às previsões iniciais, principalmente pela seca no norte do estado. “O Paraná tem uma capacidade instalada própria para moer tudo isto, mas deverá sofrer compras de moinhos dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás (que tiveram quebras de safra), além de uma ou duas cargas embarcadas para o Nordeste, como acontece todos os anos”, conclui.
Fonte: Agrolink
