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Trigo Brasil: com riscos de mais quebra na produção do Paraná, preços do trigo se mantêm elevados



Na última semana os preços do trigo apresentaram recuos, diante da forte queda do dólar no câmbio brasileiro, mas parece que essa baixa não deverá prosseguir ao menos neste começo de semana. Isto porque, as chuvas tão esperadas para as lavouras de trigo paranaense vieram, mas em pouco volume, o que não foi suficiente para aumentar significativamente a umidade do solo. Com isso, o Paraná pode sofrer mais perdas na produtividade da safra, o que acaba auxiliando os preços a se manterem elevados

A cotação do dólar operava a R$ 5,189 por volta das 14h30 de hoje (30), com queda de 0,12% em relação ao dia anterior. Na semana passada a moeda americana registrou uma queda de quase 3,5% e com isso, os preços do trigo tiveram alguns recuos nos indicadores do mercado doméstico.

Ainda assim, de acordo com relatos dos moinhos e outros colaboradores entrevistados pela AF News, os produtores seguem com pedidas elevadas e poucas ofertas de trigo disponível da safra velha. No Paraná, as cotações do lote do trigo giram em torno de R$ 1650/1700 por tonelada FOB e no Rio Grande do Sul, alguns poucos lotes tem sido comercializados na faixa de R$ 1530/1550 FOB.

Para a safra nova, algumas ofertas têm surgido no patamar de R$ 1400/ton no Rio Grande do Sul, mas os moinhos estão bem reticentes de fazer negócios, uma vez que os preços das farinhas não subiram na mesma proporção que a matéria-prima e o setor ainda enfrenta um cenário de baixa demanda.

Enquanto isso, os produtores também não tem demonstrado grande interesse nos negócios. No Paraná, mais especificamente na região Oeste, que possui o maior potencial de cultivo de trigo no Estado, existem poucas ofertas de trigo e as condições das lavouras não é das melhores.

De acordo com relatos, as chuvas previstas nos últimos dias até ocorreram, mas o volume foi muito baixo, apenas uns 10 mm, o que não foi o suficiente para recarregar a umidade do perfil do solo e com isso, as plantas devem continuar passando por estresse hídrico, o que deve reduzir ainda mais o potencial produtivo da cultura do trigo.

Sendo assim, esse panorama auxilia os produtores a manterem as suas pedidas elevadas, mesmo num período em que o dólar pressiona por recuos. Porém, vale observar que a paridade de importação também está diminuindo e analisando a situação de alguns estados, como é o caso de São Paulo, o trigo importado chega a ter um melhor custo benefício que o grão nacional, isso pode contribuir para uma queda, além, é claro, da chegada da colheita, que se não sofrer atrasos, deve ter as suas primeiras áreas colhidas ainda no mês de setembro no PR.

Fonte: AF News

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