Dentre os fatores de alta citados pela consultoria se destacam os preços elevados do mercado internacional
Todo o mercado de trigo do Brasil está à espreita do que poderá acontecer com as chuvas sobre as lavouras de trigo do Paraná na segunda quinzena de setembro, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Se chover, tudo o que estiver maduro vai sofrer ataques de giberela e será estragado, reduzindo drasticamente a oferta de trigo panificável do país e os preços se manterão elevados ou poderão até subir um pouco mais; se não chover, a produção será recorde e provavelmente os preços irão despencar. Assim, tudo depende da ocorrência ou não das chuvas”, diz.
“Por enquanto as apostas do mercado, tanto de vendedores quanto de alguns compradores, parecem ser da manutenção dos preços elevados, porque os negócios de safra nova estão sendo realizados ao redor de R$ 1.400,00/t no RS, que seriam equivalentes a R$ 1.500,00 no Paraná (embora neste estado não haja ofertas nestes níveis)”, completa.
Dentre os fatores de alta citados pela consultoria se destacam os preços elevados do mercado internacional, mas caindo em Chicago; as dúvidas quanto à real dimensão da próxima safra no Brasil e na Argentina e os produtores querendo para safra nova mesmos preços da safra velha. Já os fatores de baixa são as chuvas recentes que podem corrigir parcialmente os estragos da seca e das geadas; o pouco volume negociado antecipadamente de safra nova que aumenta a pressão para dezembro e o dólar baixo que favorece importações de trigo e de farinhas.
“De todos os elementos mencionados acima, o que mais nos impressiona é o fato de haver pouco volume negociado antecipadamente até agora. Foram menos de 200 mil toneladas, contra mais de 2,0 milhões de tons na mesma época do ano passado. Isto significa que todo este volume não negociado será ofertado tão logo a safra comece a ser colhida entre a segunda quinzena de setembro e o final de dezembro, sendo um fator de forte pressão de baixa, independentemente do que ocorrer com a safra. A conferir”, conclui.
Fonte: Agrolink